Compositor: Carlos Goñi
Quando tudo despenca como um castelo de cartas
a maré vem e vai
quando tudo está tão fino como um fio de seda
a maré se vai, mas voltará
Quando o túnel nos assusta com o negro de sua boca
há de se encher de coragem
para atravessar suas tripas ainda que o medo nos castigue
para ver sair o sol
Duro de levar, duro de levar
duro de levar, dero de levar.
Quando o tempo voa livre como um pássaro de quatro asas
e as ruas são abismos a cruzar
quando ninguém lhe detém ainda que lhe jogue de uma ponte
para assim lhe ver voar.
Quando acreditar que sua vida é um beco sem saída
se dê outra oportunidade, sente-se junto a sua porta
e logo verá o cadáver de seu inimigo passar.
Duro de levar, duro de levar
duro de levar, dero de levar.
E ainda que seus sapatos andem sem destino e você dentro deles
você é tudo o que você tem
tire o barro que cobre e que tapa o atalho
e verá uma estrada ao sul
Duro de levar, duro de levar
duro de levar, dero de levar.